Patrícia Almeida
notícia

Asfixiar as empresas com novo confinamento “causará mais desemprego”

Na primeira fase da pandemia, o aumento do desemprego e das falências atingiu milhares de empresas e de trabalhadores. “Alguns setores e pessoas aguentaram, embora fragilizados; infelizmente, muitos sucumbiram.” A afirmação é da CIP – Confederação Empresarial de Portugal que, num comunicado emitido no final da semana passada, alerta para efeitos ainda mais graves na segunda fase da pandemia.

Embora considere que devem ser feitos os melhores esforços para garantir a proteção e o tratamento de todos os cidadãos, a confederação apela ao Governo que aplique apenas medidas cirúrgicas e nunca, “em caso algum”, limitações e constrangimentos gerais e de duração “imprevisível”.

“Asfixiar as empresas com um contexto fortemente limitativo da sua atividade causará mais desemprego e mais falências, muitas delas irrecuperáveis ou de efeitos duradouros”, refere o presidente da CIP, António Saraiva.

“Este segundo choque será mais longo, violento e profundo. […] os efeitos serão ainda mais graves e ameaçam como nunca o coração produtivo do país e, portanto, a coesão social da nossa democracia”.

A CIP reiterou, ainda, que as empresas portuguesas estão empenhadas no cumprimento das normas de segurança definidas pela Direção-Geral da Saúde. “Saiba e queira o Governo avaliar esta capacidade para evitar o estrangulamento da economia portuguesa”.